Por Witness Carvalho
A falta de zelo com que os governos federal, estadual e municipal tratam projetos como da Barragem Umari, deixa bem clara a política que pretendiam implantar neste país. Um governo populista voltado para o assistencialismo; ao invés de projetos que assegurem ao povo emprego, educação, saúde, segurança, por conseguinte, dignidade; Cria-se projetos tipo bolsa família que nos remete aos antigos currais eleitorais: antes a ferro e a fogo, hoje a base da esmola. O projeto bolsa família, a princípio, podia-se conceber como uma forma de acudir os mais pobres enquanto projetava-se algo futurista, um projeto a longo prazo, que devolvesse ao povo brasileiro o respeito que lhe foi roubado durante o período da ditadura. A Barragem Umari, um antigo sonho dos nossos antepassados, cito: João Carlos, Luís Carlos, Antonio Carlos de Carvalho, Lucas Carlos, José Carlos de Carvalho, entre outros, era uma luz que surgiu no final do túnel para alavancar o desenvolvimento, não só da comunidade de Upanema, mas Campo Grande, Caraúbas, Governador Dix-sept, Mossoró e Assu. Abandonada, a Barragem denuncia o desprezo e a falta de vontade política dos nossos governantes, entre rachaduras e vertentes como se ferida e sangria fossem.
O governo estadual deveria ter se debruçado sobre um projeto que atendesse às necessidades do povo, dando continuidade ao antigo projeto que prevê adutoras, levando água a todos os setores da zona rural oferecendo ao agricultor,condições mínimas para desenvolver as suas atividades, afinal a intenção do governo Fernando Henrique, era justamente esse quando na construção das Barragens Umari, Santa Cruz e Castanhal, esta a mais exuberante, tentou criar meios de incentivar o homem, não só continuar no campo, mas provocar um êxodo ao contrário do vem ocorrendo nas últimas décadas. Mas o governo estadual cruzou os braços, ignorou a concepção do projeto e abandonou a ideia de ajudar ao trabalhador, preferindo seguir o projeto escravagista e ditatorial do PT. A água é um bem comum e deve ser estendido a todos os homens desta terra; ver homens, mulheres com lata na cabeça, crianças sujas, maltratadas em áreas que podiam, perfeitamente, ser beneficiadas por projetos públicos, chega a ser revoltante. De qualquer forma, fica aqui o nosso desejo de que dias melhores possam vir nos governos futuros.
O governo municipal, na gestão anterior, Jorge Luís, propôs a população upanemense um projeto que salvaria, em parte, o projeto original da Barragem Umari: beneficiar as comunidades já citadas; isso nos traria um certo conforto. Um complexo turístico, com valores aproximadamente de um milhão de reais, que faria de Upanema uma cidade privilegiada, recebendo em média mil pessoas por semana, além de oferecer à população opções de lazer, algo que tanto almeja e reclama com razão. Todavia, mais uma vez o sonho foi de água abaixo, assim como se vê diariamente passar diante dos nossos olhos, as mesmas águas serenas e tranquilas, até desembocar no mar, enquanto os nossos irmãos da zona rural passam sede e vêem seus animais emagrecer e, privar-se daquilo que é mais sagrado: a comida. O complexo turístico, então, prometido virou simplesmente uma passagem seca que até ontem, apesar de triste, era democrática; hoje poluída, ninguém se atreve cair dentro dela. Mas há ainda a esperança de dias que possam rever a nossa história. Que tal sonhar!?

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